Paulo Ricardo no início dos anos 90, e sua briga com os críticos musicais.
Nos anos 80, Paulo Ricardo foi um dos maiores ídolos do rock brasileiro. À frente do RPM vendeu milhões de discos, lotou estádios e marcou toda uma geração.
Mas no início da década de 90… ele desapareceu.
O que aconteceu com ele, sera que ele esqueceu como compor e perdeu a inspiração?
Paulo Ricardo foi silenciado pela crítica.
Após o fim do RPM, Paulo Ricardo tentou seguir carreira solo. Lançou três grandes albuns nesse período: Paulo Ricardo em 1989, o Psicotrópico em 1991, dois discos inovadores, que uniam rock, poesia e crítica social.
Em 1993, lançou Paulo Ricardo & RPM, talvez um dos seus melhores trabalhos, uma tentativa de resgatar o espírito da banda. Mas nada disso funcionou. O problema não era a qualidade. O problema era o boicote.
As rádios não tocavam suas músicas, as críticas eram impiedosas, as portas se fechavam.
Paulo Ricardo entrou em rota de colisão com a crítica musical. Artigos que falavam mal dos seus novos trabalhos e as portas fechadas nas rádios, foram parte da explicação pelo fracasso dos seus trabalhos nessa fase.
O próprio Paulo admitiu em uma entrevista da época:
"Eu sei que estive mesmo na lista negra das rádios. Rolou um bode geral, Mas tudo é assim mesmo, as relações são de amor e ódio."

Mas tudo mudou em 1996, nesse ano Paulo Ricardo ressurge com o álbum Rock Popular Brasileiro. Um projeto ousado que regravava clássicos nacionais com uma nova roupagem. O grande sucesso da música A Cruz e a Espada, uma nova versão do clássico do RPM, gravado junto ao Renato Russo, fez um grande sucesso, foi uma das músicas mais tocadas nas rádios em 1996.
A consagração veio em 1997, com o álbum O Amor Me Escolheu.
Um disco com uma sonoridade voltada para o pop romântico, e ao mesmo tempo moderno.
Com músicas como Dois e Tudo por Nada, Paulo Ricardo vendeu mais de 1 milhão de cópias e lotou shows por todo o país.
Essa nova fase mostrou um Paulo Ricardo mais maduro, introspectivo e conectado com o emocional.