O RPM acabou em 2017, ponto final a essa história.

Ainda tem gente que acha que o RPM teve uma nova fase em 2018 sem Paulo Ricardo, mais isso não é verdade. O RPM acabou em 2017, ponto final.



Paulo Ricardo "Se não houver afinidade natural do ponto de vista pessoal, a banda acaba, pois ninguém é obrigado a aturar o outro".

O último show foi em março de 2017, no cruzeiro Energia na Veia, e marcou o fim definitivo de uma das maiores bandas de rock do Brasil. O que venho depois foi um trabalho diferente, não foi a continuação, foi um projeto diferente.

É claro que tinha algumas semelhanças com o RPM, já que tinha três membros da banda nesse projeto, por isso é natural que uma parte da banda tenha estado lá, mais nunca foi RPM.

No canal a gente falou isso, eu acho que esse álbum Sem Parar tem faixas interessantes, é um bom trabalho, mais sempre falamos que não era RPM.

É verdade que o Paulo não queria acabar com a banda, mas ele com sua decisão de voltar para carreira solo, acabou botando um ponto final no RPM.

Com a morte do Paulo Pagni e o Luiz Schiavon, acabou de vez a esperança de ver novamente o RPM no palco.

A gente não vai defender o Paulo Ricardo, porque não tem santos nessa história, além disso como falou Marisa, a mulher do Luiz Schiavon, sua decisão de deixar a banda também trouxe dificuldades financeiras ao integrantes.

Um dos empresários do RPM havia feito adiantamentos para shows futuros que não se realizaram, o que deixou a banda em uma situação complicada.

Tem gente que fala que a depressão do baterista foi causada pelo fim do RPM

A Marisa também falou do acordo entre Paulo Ricardo e Fernando Deluqui.

Recentemente, Paulo Ricardo fez um acerto financeiro sob segredo de justiça com Fernando Deluqui, permitindo que o guitarrista usasse o nome RPM o Legado. Repudio essa negociação, pois acredito que deveria ter sido consultada como herdeira universal de Luiz e incluída no processo, uma vez que o nome RPM pertence aos quatro integrantes da banda, em iguais proporções e está diretamente ligado ao trabalho e à história de Luiz.

Pra quem ainda tem a esperança que as partes no futuro, possam entrar em acordo pra lançar algum trabalho engavetado da banda, como o Dvd Elektra, o Deus ex Machina, ou uma reedição comemorativa pelos 40 anos do Rádio Pirata ao vivo, esqueçam.

É verdade que alguns fãs da banda apoiaram esse projeto desde o começo, e tudo bem, porque parte do RPM estava lá. Além disso, os três eram bons músicos, e a banda era liderada por Luiz Schiavon, um dos cérebros do antigo RPM.

Mas não era o RPM. Naturalmente, as letras do Deluqui não são as do Paulo Ricardo.

O grande problema de nós que criticamos essa posição, é de acreditar que essa era uma nova fase do RPM, não havia continuidade, era um trabalho diferente.

Deluqui é um bom guitarrista, mas nunca foi um bom cantor, então como o RPM poderia ter um vocalista tão ruim agora?, isso levou o guitarrista a brigar nas redes sociais com aqueles que criticavam esse projeto.

Sua falta de carisma, seu ego, sua falta de talento para cantar e suas decisões ruins, fez com que aumentasse a crítica a esse projeto. Com Schiavon afastado por problemas de saúde, ele começou a tomar decisões equivocadas, o que acabou também levando à saída de Dioy Pallone do projeto, quem dividia os vocais na banda.

O trabalho do RPM é curto, mas fez parte de toda uma geração; sua carreira é marcada por conflitos, com mais anos de batalhas judiciais do que de trabalho sólido.

Felizmente, o bom senso prevaleceu, e este trabalho não faz parte oficialmente da banda, embora alguns fãs possam não gostar dessa ideia. Isso encerra uma história que já estava resolvida há muito tempo, mesmo que alguns não queiram vê-la.