O dia em que a Igreja acusou Paulo Ricardo.

O dia em que a Igreja acusou Paulo Ricardo de profanar a religião católica.


Em 1997, foi lançado um trabalho que marcou um antes e um depois na carreira de Paulo Ricardo. O amor me escolheu é o primeiro álbum da fase romântica do ex-vocalista do RPM, que também lhe permitiu voltar a vender mais de um milhão de cópias, com um álbum que também teve uma versão em espanhol.

Mas é um trabalho que está envolto em diversas polêmicas, incluindo a acusação da Igreja Católica de profanar sua religião.

Músicas como Dois e Tudo por nada dominaram as paradas de sucesso das rádios do país em 1998. Mais este álbum foi cercado pela polêmica. Paulo Ricardo, ex-vocalista de uma das bandas de rock mais importantes do país, cortou o cabelo, vestiu um terno e começou a cantar músicas românticas, tentando ser o novo Roberto Carlos.

Alguns colegas o acusaram de trair o movimento do rock, e alguns fãs que o acompanharam durante sua fase no RPM, não entenderam o motivo da mudança.

Mas essa não foi a única polêmica. A capa de seu novo álbum gerou grande polêmica entre fiéis e representantes da Igreja Católica, que o acusaram de deturpar a imagem de São Sebastião.

O Jornal Dia publicou uma matéria intitulada "Igreja Profanada".
Artistas deturpam imagens sagradas com interpretações eróticas e revoltam religiosos.

O cantor Paulo Ricardo, por exemplo, posou para a capa de seu novo CD, O Amor Me escolheu, amarrado e espetado com flechas , tal qual São Sebastião em sua versão mais conhecida.

Paulo Ricardo na época falou: “A foto do meu disco é uma homenagem ao Rio de Janeiro, mas é claro que vai gerar mil interpretações”.