A ressurreição de Paulo Ricardo, a história do álbum, o amor me escolheu de 1997.

O álbum O amor me escolheu, vendeu mais de 1 milhão de copias.




Não há muitos casos na história da música, onde um artista que tenha alcançado um grande sucesso como líder de uma banda de rock, anos mais tarde, tenha feito também grande sucesso, como cantor romântico, dois gêneros aparentemente tão diferentes.

Esta é a história de Paulo Ricardo, ícone do rock nacional, líder da icônica banda RPM, que em 1997, foi escolhido por muitos como sucessor de Roberto Carlos.
Assista o video a seguir:

Paulo Ricardo nunca escondeu seu fanatismo por Roberto Carlos, que lhe serviu de inspiração quando criança, para optar pela carreira de músico.

Em 1997 ele tentou fundir suas influências do rock, pop e música popular brasileira, nesse novo trabalho.

¿Como surgiu a ideia de fazer o álbum o amor me escolheu?

Em outubro de 1996, Paulo Ricardo recebeu o convite, para participar de um tributo a o"Queen". Por isso, Paulo Ricardo faria depois, também uma versão em português, chamada, Felicidade. Esse foi o início do novo projeto, que seria lançado um ano depois, em 1997.

Naquele que seria seu novo trabalho, tentou inovar, arriscar em um novo estilo musical, onde tem composições em conjunto com Hebert Viana, vocalista do Paralamas, com George Israel da banda Kid Abelha, e Adriana Clcanhoto, mas a música que teve maior sucesso, foi DOIS, música composta com Michael Sullivan, por muitos considerado o "rei do brega".

Este novo álbum, lançado em junho de 1997 pela Polygram, é composto por 14 faixas, entre composições de Paulo Ricardo com outros artistas, e regravações de grandes figuras da música popular brasileira, como Caetano Veloso, Fagner, Antonio Marcos, Vinicius de Moraes, entre outros.

Foi dirigido por Nilo Romero, e conta com a participação de Fernanda de Abreu, pouca gente sabe que no álbum ficaram de fora composições com Arnaldo Antunes, e outra com Luiz Schiavon, um dos fundadores do RPM.

Na capa do álbum, ele aparece como São Sebastião, o que gerou grande polêmica na época.

O jornal o día publico uma materia com o título “Igreja profanada”.

Artistas deturpam imagens sagradas com interpretações eróticas e revoltam religiosos.

Paulo Ricardo posou para a capa do seu novo cd, o amor me escolheu, amarrado e espetado com flechas, tal qual São Sebastião em sua versão mais conhecida . Os setores mais conservadores do clero, torceram o nariz para a foto. Estão deturpando todos os nossos valores.

A resposta do Paulo Ricardo foi dada na entrevista para a revista Caricia.

Naquela fase eu estava me sentindo muito preso, e a imagen do santo foi uma espécie de exorcismo, áquele momento psicológico . Pó, o meu casamento já estava em franca decadencia, e a herança do rock me impunha uma certa camisa de força. Tambem acho que as flechas de São Sebastião funcionam como uma bela metáfora.

Este trabalho influenciado pela música romântica, teve 4 grandes sucessos, Dois, Tudo por nada, Felicidade, e “Eu não vou deixar voce tao so”.