Paulo Ricardo "E eu sou rock and roll, não tem jeito"

Paulo Ricardo revela quem são seus ídolos internacionais na bateria, contrabaixo e guitarra


Se o rock and roll não existisse, Paulo Ricardo provavelmente inventaria! Ou, então, Paulo Ricardo é quem não existiria! (Leve) exagero à parte, claro que o vocalista do RPM estaria aqui firme, forte e lindo como sempre sem o ritmo que hoje corre em suas veias. Mas talvez, não da forma plena que ele se encontra hoje, com 53 anos – mas olhar de 43 – e mais de 30 de carreira. "Quando a gente vai ficando mais velho, a gente vai se conhecendo melhor e entendendo a essência do que você é. E eu sou rock and roll, não tem jeito", crava o cantor.

Paulo volta e meia comenta no reality sobre a queda do estilo que consagrou a RPM. Nem por isso, no entanto, ele pensaria duas vezes caso tivesse que montar uma banda nos dias de hoje. "Sem dúvidas eu escolheria uma banda de rock. O rock é um conceito muito amplo. Quando você fala em rock, você tem que pensar em David Byrnecantando com Caetano. Você tem que pensar emPaul Simon cantando com Olodum... o rock é muito generoso", exemplifica o cantor, que pontua o que faria de diferente da época da RPM: "Colocaria menos elementos eletrônicos, porque hoje a eletrônica é uma vertente por si só, cresceu muito, ganhou independência".

Ele mesmo já passeou por outros estilos em parcerias memoráveis. Mas como um bom filho a casa torna... "Tenho um trabalho com Toquinho, já gravei Roberto Carlos, já gravei Caetano Veloso, já gravei Raul Seixas, mas quando eu penso na minha persona artística, eu penso em rock and roll".

Ídolos internacionais

Paulo Ricardo parou para imaginar uma banda com seus ídolos na bateria, contrabaixo e guitarra juntos. Olha só como seria:

Bateria: "Um dos bateristas mais exuberantes foi e é Stewart Copeland, do The Police. É uma referência, um divisor de águas. Incorporou elementos no reggae, no jazz, elementos para o pop rock, e é um fenômeno. Toca de tudo. Baterista tem que fazer dançar".

Contrabaixo: "Tem Paul McCartney, mas Paul é Paul. Mas o maior baixista dos últimos tempos, isso é uma unanimidade, é Jaco Pastorius, um cara do jazz fusion. Morreu muito cedo, nos anos 90, mas eu tive o privilégio de assistir um show com ele aqui no Maracanãzinho".

Guitarra: "É muito difícil. São muitas vertentes. Cresci e era alucinado por Led Zeppelin. Pra mim era a coisa mais incrível, até me matriculei num curso de guitarra, fiz uma ou duas aulas... achei de uma dificuldade absurda e fui tocar baixo, que tive mais facilidade. Tem Jeff Back, Eric Clapton... mas acho que ficaria com Jeff Back, um dos poucos guitarristas que eu comprei discos instrumentais”.


Fonte: Gshow