O disco de 1993 de Paulo Ricardo & RPM teria um nome — mas esse título foi vetado pela PolyGram

VÍRUS: O álbum perdido do RPM – A história que a Polygram escondeu.


Em 1993, depois de três anos separados, o RPM tentou renascer após anos de silêncio, crises internas e grandes mudanças na indústria da música nacional.

O projeto que tentou trazer de novo a banda de maior sucesso nos anos 80, voltava aos palcos com uma nova formação, um novo som e um novo disco — um álbum e um projeto que entrou para a história simplesmente como: Paulo Ricardo e RPM.

Veja essa história no video a seguir:


Em uma entrevista rara dos anos 90, antes do lançamento desse trabalho, Paulo Ricardo revelou que o nome do álbum seria "Virus".

Embora o álbum tenha saído como “Paulo Ricardo & RPM”, o nome “Vírus” sobreviveu — não como título, mas como uma das faixas do álbum — e talvez a mais carregada de significado humano, social e emocional.

O álbum contou com a Produção de Maírton Bahia e Coprodução de Guilherme Canaes

Esse trabalho foi Lançado pela PolyGram em 1993, e a Gravação foi feita nos estúdios da rede PolyGram.

Problemas com a marca RPM fizeram com que o projeto se chamasse Paulo Ricardo & RPM, e o álbum teve o mesmo nome, Marcos Maynard presidente da gravadora definiu que o disco sairia sem título.

O nome “Vírus” — permaneceu dentro do álbum, como uma das faixas desse trabalho, uma das melhores do álbum. Para entender a letra, é preciso conhecer o contexto no final dos anos 80 e o início dos anos 90.

O Brasil e o mundo viviam o auge do medo coletivo diante da epidemia de AIDS.
Era uma doença mortal, cercada de tabus, preconceitos, incertezas e tragédias pessoais.

Paulo Ricardo, como muitos artistas daquela geração, perdeu amigos próximos por causa da doença. Isso deixou marcas emocionais profundas — e influenciou diretamente sua escrita.