Depois de uns meses, Deluqui deixou a banda e partiu pra carreira só, junto ao Guilherme Canaes formou a banda Louco Vício.

Fernando Deluqui e Guilherme Canaes já se conheciam desde a produção do primeiro álbum do RPM.
Guilherme, engenheiro de som e produtor, acompanhou de perto a explosão da banda, e foi parte também da gravação do álbum quatro coiotes, de 1988.
Foi assim que nasceu o Louco Vício, um projeto independente, criativo e ousado.
Um espaço de liberdade, onde Deluqui podia experimentar sons, letras e conceitos que não cabiam dentro do RPM.
O Louco Vício misturava o espírito do rock com influências urbanas e existenciais.
As letras falavam de solidão, rotina e o lado obscuro da vida moderna — temas muito diferentes do pop vibrante do RPM.
O som era cru, direto, com guitarras em primeiro plano e uma pegada de pós-punk que lembrava bandas britânicas do final dos anos 80.
Para Delúqui, foi um laboratório, e foi ali, entre ensaios e pequenos shows, que surgiram músicas que mais tarde fariam parte do repertório do álbum Paulo Ricardo & RPM.
Entre as músicas criadas durante o período do Louco Vício estavam as faixas que virariam as músicas “Hora do Brasil” e “Eclipse”. Ambas nasceram nessa fase experimental, ainda com letras e arranjos diferentes.
Três anos depois, Paulo Ricardo e Deluqui voltaram a trabalhar juntos. Essas composições foram revisadas e ganharam nova forma no álbum “Paulo Ricardo & RPM”, lançado em 1993.
Outra das músicas compostas na época, foi uma faixa que seria parte do album Noturno, a música agora.
Em 2007 finalmente foi gravada no album Delux, da carreira solo do guitarrista, viraria a faixa “explode o amor”.
Assim, o Louco Vício acabou sendo o terreno fértil de ideias que depois se transformaram em outras músicas.