RPM, um novo capítulo de disputas judiciais e infelizmente não será o último.

A história de uma das bandas mais importantes do rock nacional tem um novo capítulo de disputas judiciais e infelizmente não será o último, embora possa ser o começo do fim.





O tribunal determinou, por meio da juíza Luciana Alvez de Oliveira, a proibição do uso da marca RPM por Fernando Deluqui, decisão da qual já houve recurso dos advogados do GUITARRISTA.

A decisão alegou que a atual banda está absolutamente desfigurada, o que implica uma clara desvalorização da marca.

Veja a materia a seguir:

Na sentença em que proibiu o uso da marca, Luciana afirmou que a banda atual está "absolutamente desfigurada e que isso implica em clara desvalorização da marca" e que "não se pode admitir que Fernando Deluqui opte por juntar-se a terceiros para pretensa conservação da banda, que já não guarda nenhuma identidade com sua formação original".

A magistrada também citou as mortes do baterista Paulo Pagni em 2019 e do tecladista Luiz Schiavon em 2023, na decisão, e alegou que Deluqui só poderia utilizar a marca se houvesse a anuência de Paulo Ricardo e dos herdeiros.

Na ação judicial, Paulo Ricardo também declarou que busca proteger o legado e a memória do RPM, "que faz parte da história de tantas pessoas". A juíza Luciana Alves de Oliveira concordou com os argumentos e deu razão ao cantor.

Como mencionamos no início, não é o fim, visto que agora se abrem outras instâncias que permitem a Fernando Deluqui recorrer da decisão, e isso continuará a esticar esta história.

Uma RPM com apenas um dos seus membros, que nem sequer era um dos membros principais, é um disparate.

O RPM foi criado por Paulo Ricardo e Luiz Schiavon, a chegada do baterista Paulo Pagni e do guitarrista Fernando Deluqui contribuiu para fechar definitivamente a formação da banda, mas a realidade é que as composições e arranjos musicais da maior parte das músicas já haviam sido criados.

Deluqui certamente continuará usando a marca até que haja uma decisão final do tribunal, embora isso possa levar anos.

Pelo legado e pela memória já bastante desgastada da banda, que é consequência das idas e vindas que o RPM teve em todos esses anos, não parece justo que um integrante continue destruindo o legado de um dos mais importantes bandas cover do país, que hoje nada mais é do que uma banda cover, ou um RPM falso, várias das bandas cover de RPM que existem no Brasil, têm desempenho melhor que a banda de Deluqui e companhia.

Pelo bem do RPM, esperamos que possa ter um final digno, e que tanto Paulo Ricardo quanto Fernando Deluqui, assim como os dois sobreviventes do grupo, continuem sua carreira solo, tocando as músicas da banda, mas que saiam o nome do RPM. Os fãs e o público em geral agradecem.