RPM volta mais consciente e maduro. “O excesso de rupturas está resolvido e seguiremos como banda enquanto a saúde permitir.
Para Dioy, o novo vocalista do RPM, Paulo segue sendo “uma boa referência”. “Não cheguei a conversar com o Paulo. Claro, gostaria sim de seu apoio, todos nós gostaríamos.
Famoso na década de 1980, o RPM está de volta à ativa com integrante estreante e novidades musicais. Agora são dois vocalistas, a nova voz de Dioy Pallone (baixo e voz) e a de Fernando Deluqui (voz e guitarra), além de contar com Luiz Schiavon (teclados) e Paulo Pagni (batería)
O grupo acaba de lançar duas músicas: “Ah! Onde Está Você” e “Escravo da Estrada” e quer seguir uma dinâmica de palco parecida com Eagles e o Roupa Nova (vocais mútuo).
“Sim, nosso planejamento é de lançar nas redes digitais e sociais novas canções. E quando tivermos seis canções iremos fazer um CD e um álbum em vinil para o público”, conta Schiavon
“Estamos com esses primeiros dois singles em todas as plataformas digitais com uma aceitação que nos deixa felizes. Com a banda cheia de tesão para gravar, pretendemos lançar singles e suas versões acústicas de quinze em quinze dias”, adiante Deluqui
Novato na banda, o cantor Dioy Pallone é só alegria com relação a essa oportunidade. E já está colocando a mão na massa. A música “Ah! Onde Está Você?” é dele.
Definimos o que cai melhor para cada um sem egocentrismo”.
Ele conta um pouco sobre como é a divisão dos vocais com Deluqui “Rachamos o repertório praticamente meio a meio, naturalmente. Canto umas, Nando outras, trocamos ‘backing vocal’, abrimos vozes com a participação do P.A [Paulo Pagni, baterista]. Definimos o que cai melhor para cada um sem egocentrismo”.
Para ele, é uma honra poder trabalhar na banda que, ainda novinho, gostava de acompanhar. “Tenho os pés bem plantados no chão. Encaro tudo como um grande desafio. Estou nessa pela banda, pela música e pelo rock. Claro que precisamos de prosperidade no trabalho, afinal, movimentar uma banda do tamanho do RPM não é fácil. Estamos todos maduros. Vamos sempre tentar proporcionar experiência semelhante aos fãs, mas você não precisa necessariamente ter a mesma volúpia para obter o mesmo ou maior prazer.”
A banda teve diversas idas e voltas. Em 1987 aconteceu a primeira separação, quando ainda tinha Paulo Ricardo nos vocais. Após seis meses houve uma volta, mas em 1989 uma nova ruptura. Depois, em meados de 2001, os músicos se reencontraram e começaram a ensaiar uma volta. Em 2002, gravaram CD e DVD, mas em 2003 houve um novo rompimento. Depois disso, a banda foi voltando e se separando. Agora, há um novo recomeço.
De acordo com Schiavon e Deluqui, da formação original, agora o RPM volta mais consciente e maduro. “Isso [excesso de rupturas] está resolvido e seguiremos como banda enquanto a saúde permitir”, diz o tecladista. “Impossível prever o futuro, mas estamos mais maduros agora. É mais difícil cometer erros de julgamento”, completa Deluqui
NOVOS E VELHOS SONS
Segundo os integrantes do RPM, uma turnê está sendo preparada. E nela poderão faltar novos e antigos sucessos. “Temos um show elétrico montado, que inclui todos os clássicos do RPM, como ‘Rádio Pirata’, ‘Loiras Geladas’, ‘London London’, ‘Olhar 43’ e tudo mais. Temos datas agendadas e vamos focar na nossa performance. Agora queremos construir uma apresentação intimista, acústica, vintage, só com piano, órgão, percussão e cordas”, adianta Deluqui.Nem mesmo a saída do vocalista Paulo Ricardo, em 2017, assusta os integrantes. Eles estão querendo mostrar a nova cara da banda. “A saída do Paulo é um capítulo encerrado. O que estamos fazendo não tem nada a ver com a saída dele. Estamos fazendo o que nos parece o melhor e ponto”, afirma Deluqui.
Para Dioy, o novo vocalista, Paulo segue sendo “uma boa referência”. “Não cheguei a conversar com o Paulo. Claro, gostaria sim de seu apoio, todos nós gostaríamos. Apoio mútuo e bilateral. Tenho enorme respeito e admiração pelo trabalho dele no RPM”, finaliza.
Fonte: https://f5.folha.uol.com.br/musica/2019/03/banda-rpm-volta-a-ativa-cheia-de-tesao-com-integrante-novo-e-musicas-ineditas.shtml