RPM planeja entrar em estúdio no segundo semestre deste ano para gravar algumas canções novas.
"A ideia da banda nessa reformulação, que acaba sendo uma ruptura de uma imagem e um formato muito importante, é de dividir funções. Hoje a imagem do RPM não é mais centralizada na figura do baixista e vocalista. Ela é dividida por igual pelos seus membros.
Todo mundo é de extrema importância. Tem horas que um acaba tomando uma porcentagem maior do trabalho, mas é sempre algo pensado. As figuras do Nando, Luiz Schiavon e Paulo Pagni são de extrema importância para o rock nacional.
Com a minha entrada é a mesma coisa, eu sou a figura do vocalista e baixista, assumi parte do repertório clássico também e vou assumir a parte das músicas que estamos compondo.
No geral, cada integrante é 25% da banda. Tem horas que um é 50%, 75% ou até 100%. Não existe mais essa coisa do frontman no RPM. A ideia é justamente quebrar isso. A banda é muito grande e muito maior do que só um integrante.
Ela tem muita história e muito repertório para que possamos fazer dessa forma. Isso, claro, sem fazer uma completa descaracterização daquilo que já existe, mas é uma nova linguagem e uma nova roupagem.
A gente acredita que levando por esse caminho a banda tem muito mais chances de perdurar. Para o futuro, não sei se vai vir pela frente um formato de álbum, mas músicas com certeza.
Temos material já sendo selecionado e pelo menos sete músicas muito legais para trabalhar.
Nada lançado ainda, tudo em formato de demo. Devemos entrar em estúdio para gravar até, no máximo, o meio de agosto. Gostaríamos muito de já ter alguma coisa nova em setembro", especulou o baixista.
O músico também afirma que a recepção dos fãs tem sido melhor do que imaginava.
"Eu sei que é uma missão dura, difícil, porque você quebrar um formato e chegar em um lugar que já tem uma cara é muito complicado.
Eu não estou substituindo ninguém. É impossível fazer isso, não dá para fazer essa tarefa. Estou lá para ser mais um de um time muito grande, muito importante e que eu vou fazer meu melhor para que possamos fazer coisas incríveis, cuidar e honrar tanto o passado quanto os fãs.
Nos dedicar e dar aos fãs o que merecem. Eu acredito que o que os fãs querem mesmo é a banda na estrada. Querem ouvir as músicas, ver a banda, contato, carinho, mas acima de tudo música, querem ir ao show. Mediante toda essa situação, tem sido a melhor experiência possível.
Há uma pequena porcentagem que realmente reluta, que gostaria que a formação original estivesse reunida na íntegra, mas a gigantesca maioria apoia, está curtindo e comparecendo.
Os fãs do RPM são incríveis, estou surpreso, realmente encantado com o detalhamento, carinho e dedicação deles com a banda.
O quanto debatem, difundem e defendem uma ideia. Estou feliz", afirmou.